‘O Estranho’ expõe a resistência indígena em torno do Aeroporto de Guarulhos

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Para além de um simples cenário, o Aeroporto de Guarulhos desempenha um papel crucial em O Estranho, atualmente em exibição nos cinemas.

O filme, sob a direção de Flora Dias e Juruna Mallon, apresenta uma abordagem singular. Em vez de se concentrar nos que partem, a história se concentra naqueles que permanecem: os funcionários e suas rotinas diárias ao som constante das aeronaves.

Em constante movimento, o aeroporto tem vida própria e impacta profundamente as pessoas que por ali passam — seja para o bem ou para o mal. Diversas narrativas entrelaçadas de amor, família, educação e crescimento pessoal dos trabalhadores se desdobram, mas um tema em particular se destaca: a resistência dos povos originários.

Alê (interpretada por Larissa Siqueira) é profundamente marcada pelas raízes do local, erguido sobre um território ancestral indígena. Uma história rica em nuances, que dialoga com a cultura e as crenças afro-brasileiras.

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Além da relevância temática, o filme se destaca pelas impressionantes composições sonoras e visuais — aspectos pelos quais foi premiado no prestigioso festival Olhar de Cinema, em Curitiba.

AVALIAÇÃO: ★★★☆☆

Artigo publicado na VEJA São Paulo em 21 de junho de 2024, edição nº 2898

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