Com a implementação das novas diretrizes de imigração, o Aeroporto Internacional de Guarulhos testemunhou uma redução no fluxo de imigrantes.
De acordo com a Polícia Federal, apenas uma dezena de migrantes desembarcaram na segunda-feira sem a devida documentação, um número menor em comparação aos meses anteriores. Contudo, esses indivíduos poderão solicitar refúgio com base em regras anteriores.
As alterações nas normas, estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram motivadas pela descoberta da PF de que imigrantes sem documentação estavam sendo explorados por organizações criminosas envolvidas em tráfico de pessoas.
Atualmente, há 480 imigrantes retidos no Aeroporto de Guarulhos sem visto, conhecidos como inadmitidos, os quais chegaram antes da implementação das novas regras.
O procurador da República em Guarulhos, Guilherme Rocha Gopfert, enfatizou que os imigrantes que chegarem a partir de agora não terão a opção de solicitar refúgio no Brasil e serão obrigados a seguir viagem até o país de destino.
Conforme revelado pelas investigações da PF, os imigrantes sem visto eram aconselhados a adquirir passagens para voos com escalas ou conexões no Brasil e solicitar refúgio ao chegarem ao território nacional, abandonando o restante da viagem. Muitos chegavam até mesmo a destruir as passagens. Anteriormente, segundo a regulamentação vigente, eles tinham permissão para permanecer na área internacional de trânsito do aeroporto aguardando uma resposta aos pedidos de refúgio.
O procurador salientou a importância de lidar com os casos de imigração sem visto de forma criteriosa, a fim de garantir que pessoas realmente em situação de perigo recebam refúgio no Brasil.